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Kiss – Destroyer (1976)

Kiss –  destroyer (1976)

Salve salve meu queridos leitores do site A História do Disco, eu Bruno Machado estou a postos novamente para falar de mais um grande álbum da história do rock n roll, admito que demoramos um pouquinho para trazer essa banda aqui pro AHD, mas garanto à vocês que a espera valeu a pena! O disco que ganhará destaque na matéria de hoje é considerado um dos maiores da carreira do Kiss, e eu garanto que pelo menos uma música desse álbum você já ouviu na sua vida.

Como quase todo mundo sabe o Kiss é uma das bandas mais folclóricas do mundo do rock e passou por inúmeras fases e formações em sua longa carreira. O grupo teve início nos anos 70 e o álbum Destroyer é o quarto álbum de estúdio da banda estadunidense. O quarteto ganhou o reforço do produtor Bob Ezrin, que acabara de fazer grandes trabalhos produzindo Lou Reed e Alice Cooper, o mesmo via muito potencial na banda por conta dos discos anteriores e também por como o Kiss mexia com a juventude. Os integrantes eram extremamente excêntricos para a época já que pintavam o rosto, usando salto plataforma e roupas coladas ou mesmo abertas no peito. O lado bom da maquiagem no rosto é que escondia a feiura dos integrantes do Kiss!

Bom, depois de descrever um pouco a banda darei destaque neste parágrafo à algumas faixas desse maravilhoso álbum. o disco começa com a grandessíssima canção Detroit Rock City, que na minha humilde opinião é uma das maiores obras do Kiss, e antes da faixa começar rola um trechinho de Rock And Roll All Nite como se duas pessoas tivessem entrando em uma Pickup e ligando o rádio para ouvir a banda. Vale e muito citar que Detroit Rock City tem solos de guitarra flamenca, uma das coisas mais fantásticas que já ouvi na música até hoje e pra mim é um dos maiores hinos da história do rock! Posteriormente temos King Of The Night Time World, outra canção bem marcante desse álbum, destaque para a bateria, pro baixo e claro pos vocalizes que só a galera do Kiss nos proporciona.

Não posso me esquecer de citar que o sucesso da banda também se dá pela parceria de Paul Stanley e Genne Simmons, grandes compositores, instrumentistas e cantores também. Será que dá pra comparar com duplas como: Lennon e McCartney, Roger Waters e David Gilmour ou até mesmo Noel e Liam Gallagher? Voltando ao Kiss, pra mim Paul Stanley é um dos maiores vocalistas de todos os tempos, ele tem uma afinação fenomenal, alcança notas altíssimas e também tem uma presença de palco invejável. Simmons por sua vez é o integrante extravagante do Kiss, é um dos que mais encarna o personagem em cima do palco nos shows da banda.

Outro fato interessante desse álbum é a incursão de “Pathétique”, de Beethoven na faixa Great Expectations, ideia de Bob Ezrin. Não há dúvida de que o produtor teve uma dedicação ímpar em relação ao quarto álbum de estúdio do Kiss, muitas vezes a arte de arriscar diferencia discos comuns de discos conceituais. Além de tudo isso já citado em nossa resenha, o álbum ganhou ainda mais destaque pela capa, uma pintura expressiva de Ken Kelly, primo do artista Frank Frazetta.

Bom, voltando as faixas destaco God Of Thunder, canção escrita por Paul Stanley mas interpretada por Gene Simmons. Outra música que tem um peso e que gera uma identidade quase que instantânea com o conceito do álbum. E pra coroar o álbum ainda temos uma balada romântica indispensável, Do You Love Me?, que entrou junto com a canção Beth no Unppluged MTV da banda gravada em 1995. Outra canção que merece muito destaque é Shout It Out Loud, faixa aliás que também conta com a colaboração de Bob Ezrin na composição. Também se caracteriza como uma música marcante na carreira do Kiss, pela sua batida, pelo riff das guitarras e pelo refrão chiclete.

A formação original do Kiss, que aliás compõe esse álbum, durou sete anos, e foi com ela que nasceu as pinturas nos rostos de cada integrante. E acreditem, para cada uma há uma explicação para o personagem criado. Ao fim dessa resenha deixaremos um link de uma matéria que a Super Interessante fez sobre a maquiagem utilizada pelo Kiss. E antes que eu me esqueça, segue a formação do Kiss no álbum Destroyer: Paul Stanley (voz e guitarra), Genne Simmons (voz e baixo), Ace Frehley (guitarra) e Peter Criss (voz e bateria).

Bom meus caros, eu vou ficando por aqui e espero que vocês tenham gostado da resenha. Na minha opinião o Kiss é uma das bandas mais importantes da história do rock, então nada mais digno que trazer ela pra AHD não é? Mais uma vez, obrigado por acessarem nosso site e até a próxima 😉

 

Faixas do Disco

1 –  Detroit Rock City

2 – King Of The Night Time World

3 – God Of Thunder

4 – Great Expectations

5 – Flaming Youth

6 – Sweet Pain

7 – Shout It Out Loud

8 – Beth

9 – Do You Love Me?

Leia matéria sobre o significado das pinturas no rosto de cada integrante do Kiss!

Infelizmente não encontramos link no Youtube com o álbum na íntegra, porém você pode

encontrar o mesmo em plataformas como Spotify e Deezer!

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Boston – 1976

boston – 1976

Salve galera que curte o site AHD, hoje vamos novamente fazer uma viagem aos anos 70, eu Bruno Machado vou falar de um dos maiores álbuns dessa década, que soa muito aliás como anos 80 – deve ser por isso que fiquei apaixonado por ele – e que vai te surpreender pela forma como o mesmo foi concebido. Hoje temos o primeiro álbum de estúdio da banda americana de hard rock, Boston.

Meu primeiro contato com a banda foi ouvindo a principal faixa desse álbum, a clássica More Than A Feeling, uma das canções mais belas que ouvi na minha vida, letra profunda e melodia contagiante, não há como não gostar dessa música. Depois de ouvir e muito essa música, fui procurar maiores informações sobre a banda, sua carreira, outras faixas, e cheguei ao primeiro álbum do grupo. Descobri até o estilo musical AOR (Album Oriented Rock), que surgiu no começo dos anos 70, entre as bandas que se enquadram no mesmo temos: Chicago, Journey, Toto e é claro, Boston. A sigla surgiu quando as rádios do norte do EUA tocavam os álbuns inteiros, contrariando o sistema das rádios, que era tocar somente singles para seguir seus interesses comerciais.

Este álbum do Boston foi todo centrado no talento do guitarrista e fundador da banda, Tom Scholz, e aliás, é muito válido citar que antes do grupo o mesmo era engenheiro de som. Sendo assim, ele pediu emprestado o equipamento de som do Aerosmith para este álbum que estou falando hoje aqui no AHD. O detalhe é que Scholz deu vida ao disco todo sozinho no porão de sua casa, já que o restante dos integrantes caíram na farra da noite californiana.  As outras peças raras do grupo era: Brad Delp (vocalista), Fran Sheeran (baixista), Barry Goudreau (guitarra) e Sib Hashian (baterista).

O que você caro leitor pode esperar desse disco? Bom, o que pude admirar no álbum foi linhas de baixo envolventes, sobras de guitarra bem encaixadas, vozes bem afinadas e entrosadas, bateria simples e também muito marcante, e claro, um pré anos 80 incluso no conceito do disco. Ah, não posso deixar de destacar o excelente encaixe do violão em algumas canções, vou falar mais sobre isso nos próximos parágrafos.

Bom, bora falar das três primeiras faixas do álbum, a primeira é More Than A Feeling, o maior sucesso da banda. A primeira faixa da banda aliás que eu tive contato, e me apaixonei logo de cara, se tornou um clássico da década de 70 e fez com que o mundo conhecesse o Boston. A faixa Peace Of Mind se mostra uma bela balada, introdução marcante no violão e também no riff de guitarra (que no fim conta com uma dobra, coisa maravilhosa de ouvir), os vocalizes preenchendo perfeitamente a canção, assim como o baixo que também deixa sua marca no ritmo da faixa. Depois temos o medley Foreplay/ Long Time que começa com Scholz moendo no sintetizador e Sherran debulhando o baixo, depois entra Hashian arrebentando na batera e  Barry marcando com a guitarra, essa é a instrumental Foreplay, ai depois temos Long Time, bem pop que pode lhe fazer lembrar até do grupo Toto. Destaque mais uma vez para os vocalizes, para um violão que dá as caras com personalidade e temos até algumas palminhas. Juro pra vocês que ainda não acredito que esse disco foi concebido em 76 e não em 80, mas tudo bem, estou conseguindo me habituar a isso.

Agora vamos para faixa Rock  & Roll Band, que aí já tem muito mais a cara dos anos 70, pra mim é uma das faixas em que a voz de Brad Delp mais se destaca, pode-se dizer que ele segura o ritmo da faixa, e coloca a prova sua qualidade vocal, que alias, é imensa. Depois temos Smokin, que também uma faixa totalmente setentista, e o rock gringo nessa época estava muito bem viu amiguinhos, e o Boston soube criar um conceito próprio no álbum como também soube entender qual era a bola da vez na década.

Antes de falar das últimas faixas desse disco maravilhoso, eu gostaria de destacar que é o décimo álbum mais vendido da história! Nada mal pra um álbum de estreia gravado em um porão, não? Na minha visão é algo fenomenal, estamos falando de um disco gravado em 1976, hoje em dia se tem muito mais recurso e dificilmente se grava um álbum completo com uma qualidade tão grande, aliás, hoje está difícil até pra gravar uma faixa boa, são poucas as bandas de qualidade que ainda se arriscam a gravar novos álbuns de estúdio e dar um conceito aos mesmos. O Foo Fighters é um ótimo exemplo, o último disco de estúdio da banda é sensacional, e tem vários singles que ganharam videoclipes muito bem produzidos.

Destaco agora as três últimas faixas desse disco fantástico do Boston, Hitch a Ride começa com um dedilhado bem calmo e logo depois tem um falsete perfeito, temos então mais uma balada cheia de efeitos de sintetizador, bateria com vários ataques no contra e vocalizes de cair o queixo. Posteriormente temos a faixa Something About You, era pra ser um lado B mas tranquilo, foco total no lado A, só que não! Guitarras dobradas em mais um riff alucinante e mais um sinal verde para o rock anos 70, baixo andando lindamente, batera segurando o ritmo e vozes super alinhadas. Juro que eu queria estar exagerando em tudo isso, mas não estou, esse álbum é realmente apaixonante meus caros leitores. Por último, temos a canção Let Me Take You Home Tonight, típica de fim de disco mesmo, você sente o gosto da jornada terminando, algo mais leve e que fecha de maneira suave esta obra prima do Boston.

Bom meus queridos, espero que vocês tenham curtido a matéria de hoje e continuem acompanhando o projeto AHD tanto aqui em nosso site, como mo facebook e também na Planeta Verde FM todo sábado e domingo as 19h. Até a próxima pessoal 😉

 

Faixas do Disco

1 –  More Than A Feeling

2 – Peace Of Mind

3 – Foreplay/ Long Time

4 –  Rock & Roll Band Wife

5 – Smokin’

6 – Hitch A Ride

7 – Something About You

8 – Let Me Take You Home

Ouça o primeiro álbum de estúdio do Boston na íntegra!

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Ramones (1976)

Ramones (1976)

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Aqui é o Flávio Oliveira e hoje vou destacar um dos maiores marcos da música na década de 70, que não só realizou uma mudança radical na estética musical, mas também culminou na essência de um dos movimentos mais influenciadores e sólidos da música, o movimento punk.

O presente texto tem como objetivo apontar o movimento punk, bem como citar a importância que o primeiro disco do Ramones teve para várias bandas que surgiram após os anos 70.

Eu reservei um bom tempo para poder escrever sobre o Ramones pois não basta apenas comentar sobre o disco, é preciso destacar as causas que levaram os jovens da região de Nova Iorque a se organizarem e fazerem música. Em meados dos anos 70 a indústria fonográfica passava por algumas modificações que afetariam os consumidores de música da época. A música hippie que nos anos 60 eclodiu com os movimentos sociais e a luta pelos direitos civis perdera a sua essência, encorporando outras tendências no seio cultura. O rock tomou diferentes direções na qual a música ganhara toda uma complexidade, deixando as letras de paz e amor secundárias para aderir canções extensas, com solos imensos e absortos com as alucinações psicodélicas.

Grandes bandas tiveram importância considerável no rock progressivo, tais como: Emerson, Lake and Palmer; King Crimson e Yes. Vários jovens tiveram simpatia pelo novo gênero, enquanto outros não se identificavam com o mesmo. Também é importante ressaltar que, posterior ao período chamado de ‘verão do amor’ alguns ícones do movimento continuaram na ativa, como Lou Reed (que deixara o Velvet Underground) e também David Bowie. E também surgiram outros como: Marc Bolan e T-Rex, Iggy Pop and The Stooges, MC5 e New York Dolls.

Muito se comenta sobre o início do punk rock, e que o movimento nasceu na Inglaterra. Pois bem, essa mudança no rock já vinha ocorrendo nos anos 70 com as bandas citadas acima, por isso, os jovens do Queens (famoso bairro de Nova Iorque) foram influenciados por essa nova tendência que vários autores derem o nome de Proto-Punk. Esse embrião do punk, teve papel super importante na maneira de compor e tocar para os jovens Douglas Colvin, Jeffrey Hyman, John Cummings e Thomas Ederlyi.

Bandas como o New York Dolls tinham uma sonoridade que esses jovens procuravam: músicas pesadas com letras simples que abordavam o amor e fatos do cotidiano. Como o próprio Johnny Ramone comenta no documentário ‘End of The Century: The Story of The Ramones’, com solos muito complexos e com duração de mais de 20 minutos, eles iriam demorar anos para aprender a teoria toda daquilo, por isso a busca pela simplicidade foi um dos pontos importantes para a diferença musical do Ramones.

Voltando a polêmica do surgimento do movimento, podemos enfim concluir que, o punk surgiu nos EUA em meados dos anos 70 e imigrou na Inglaterra posteriormente graças ao Ramones que fez um show no Roundhouse. O show serviu de inspiração aos jovens ingleses que posteriormente iriam se consagrar na cena punk  com algumas bandas como: The Clash e Sex Pistols.

Os  futuros integrantes do Ramones foram influenciados pelo bom e velho rock ‘n roll e pela grande paixão em comum, que era a música, e decidiram formar uma banda. Joey Ramone iria assumir a bateria – pois é, aquele cara de dois metros de altura tocando deveria ser cômico -, Johnny Ramone na guitarra e Dee Dee no baixo e também na voz. Até ai tudo bem, se não fosse o fato de que Dee Dee não conseguia tocar e cantar ao mesmo tempo, e deste modo a banda não conseguia ir pra frente. Tommy ou Thomas era parceiro dos rapazes e dava vários conselhos à eles, e em uma tarde exaustiva de de audição de bateristas eis que o mesmo senta em frente ao instrumento e faz um som: aí surge a ideia de Thomas assumir a bateria e se tornar Tommy Ramone. A partir desta mudança a formação do Ramones ficou assim: Johnny na guitarra, Dee Dee apenas no baixo, Joey no vocal e Tommy na bateria.

O Ramones surgiu como qualquer banda iniciante: escassez de instrumentos, falta de espaço para ensaios e dificuldades em montar repertório, mesmo porque nenhum deles era músico. A partir dessas dificuldades, surge a ideia dos quatro se unirem para compor canções. A banda se consagraria com apresentações memoráveis no bar CBGB, localizado em Nova Iorque. Aliás, várias bandas passaram por este temático bar e alavancaram suas carreiras. Muitas pessoas presenciaram neste bar uma banda com muita adrenalina no palco, viam os quatro rapazes brigando e sendo selvagens em sua apresentação.

Com as apresentações se tornando frequentes, eis que surge a oportunidade da banda ter um empresário, que seria Danny Fields. Já em 1976 o Ramones entram em estúdio e lançam seu primeiro disco, que para muitos (inclusive pra mim) é um dos melhores discos dos anos 70. A capa do disco é muito emblemática, sendo considerada uma das mais importantes da história do rock. Quem nunca viu a famosa foto de quatro rapazes com calças surradas e rasgadas, cabelo estilo The Beatles e com jaquetas de couro encostados em um muro sujo, com pichações que retratam a margem da sociedade? Esta foto é a marca registrada da banda que influenciou muitas pessoas e também a moda na fabricação de calças com rasgos pré-fabricados.

É importante ressaltar que o nome Ramones veio de uma sacada dos rapazes. Paul McCartney no início dos Beatles, mais precisamente quando ingressou com a banda na Alemanha, se registrava nos hotéis com um nome diferente, Paul Ramón. Os rapazes viram a utilização do sobrenome em cada integrante como uma forma de solidificar a banda e também se tornar uma família.

O disco começa com um dos hinos do Ramones no qual muita gente acredita que o refrão é o nome da música: Hey! Ho! Let’s Go! – quem nunca ouviu isso!? Na verdade a música se chama Blitzkreig Bop. Cada música de todo o disco tem no máximo dois minutos, sem solos mas com uma intensidade muito forte. Seus shows em média duravam meia hora, ou seja, a banda tocava uma música atrás da outra, sem pausa e sem corpo mole. Essa característica aliás chamava a atenção de quem frequentava os shows da banda.

O disco é recheado de canções que retratavam o cotidiano dos jovens estadunidenses da época: tensão pós Guerra Fria, pobreza e banalização dos jovens. Por ser um disco memorável, vale muito a pena ser comentado e apreciado por todos que curtem um bom som.

Bom pessoal essa foi a minha matéria sobre um belíssimo disco que influenciou (e ainda influencia) várias bandas que queriam fazer um som do seu jeito: simples, agressivo e que retratasse aquilo que pensavam. Ou como a própria filosofia do movimento pregava: Do it yourself, ou seja, Faça você mesmo!

Valeu pessoal, até a próxima 🙂

Faixas do Disco

1 – Blitzkrieg Bop

2 – Judy Is A Punk

3 – I Wanna Be Your Boyfriend


4 – Chain Saw

5 – Now I Wanna Sniff Some Glue

6 – I Don’t Wanna Go Down To The Basement

7 – Loudmouth

8 – Havana Affair

9 – Listen To My Heart Walled World

10 – 53rd & 3rd

11 – Let’s Dance

12 – I Don’t Wanna Walk Around With You

13 – Today Your Love, Tomorrow The World

Ouça o primeiro disco de estúdio do Ramones.

Assista uma das primeiras apresentações do Ramones no CBGB.

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ABBA – Arrival (1976)

ABBA – Arrival (1976)

Olá pessoal, aqui estou eu, Bruno Machado,  mais uma vez para lhes trazer uma nova resenha. Hoje vou falar de um grupo conhecido por ser extravagante, grupo que conquistou um público gigante no mundo todo, que conseguiu se aproximar (e muito) da popularidade dos Beatles, sim meus caros, hoje o blog A História do Disco celebrará o ABBA.

Primeiramente vamos a uma informação muito importante para a resenha de hoje: o ABBA não é uma banda formada por integrantes nascidos nos EUA, nem no Canadá e muito menos no Reino Unido. É meus caros, imagino que vocês estejam espantados com essa informação, os dois casais são suecos e iniciaram a carreira cantando em sueco mesmo, depois passaram a cantar em inglês para entrarem no mapa do pop.

Poucos sabem, mas no começo os homens do grupo achavam que não precisavam das mulheres, dessa forma eles tentaram e não conseguiram obter sucesso, mesmo sendo ótimos compositores e musicistas. Suas futuras esposas já participavam minimamente do projeto dos amigos, posteriormente os mesmos perceberam que as vozes delas seriam primordiais para um projeto de sucesso, esse projeto seria o ABBA. O nome foi criado a partir das iniciais do nome de cada integrante do grupo: Benny (teclado/vocais), Bjorn (guitarra/vocais) Agnetha (a loira) e Anni Frid (a ruiva) – mais conhecida como Frida.

O ABBA não teve uma carreira extensa, mas por outro lado ela foi muito frenética, o grupo durou quase uma década e neste período lançou vários singles, compactos e discos. Assim como outras grandes bandas de sucesso, o ABBA também tinha um elemento escondido atrás dos palcos, o produtor Stig. Este sempre caminhou junto com a banda e fez com que a mesma se tornasse um monstro no mundo pop.

Acredito que você caro leitor não deve se lembrar de nenhum disco de estúdio do ABBA por nome, mesmo porque estes discos não tiveram tanto destaque como as coletâneas lançadas pelo grupo: ABBA – Greatest Hits (1975), ABBA – Greatest Hits 2 (1979) e o glorioso ABBA Gold (1992). Quando este último citado foi lançado, a banda já tinha se separado há 10 anos, mesmo assim o disco teve o poder de recolocar o ABBA nas paradas. Aliás, eu cresci ouvindo esse ABBA Gold, meus pais gostavam demais da banda e este disco era acionado quase todo dia, o Boney M era uma banda que sempre tinha espaço no rádio de casa também. Assim como o ABBA, o Boney M ganhou espaço nas paradas quando ingresso no disco music, meu pai trabalhou em discoteca nas décadas de 80, por isso mesmo eu conheci cedo o ritmo e os conjuntos que fizeram sucesso na época.

Bom vamos falar agora do disco de estúdio que mudou a vida do quarteto sueco, o mesmo foi lançado em 1976. Nesta época o grupo já havia emplacado sucessos como: Ring Ring, Mama Mia e I Do, I Do, I Do, I Do. Outro ponto importante a ser citado é que Agnetha já era considerada uma sexy symbol e já chamava bastante a atenção por isso, mesmo usando roupas extravagantes. Aliás, este detalhe da roupa não poderia passar despercebido, mesmo porque todos os integrantes se vestiam de forma extravagante, o que chamava e muito a atenção.

Até o ano citado acima o ABBA já tinha ganho o mercado europeu, entretanto os suecos queriam mais e conceberam o disco Arrival (Chegada) que ilustrou muito bem o momento do grupo. A partir deste álbum os integrantes do grupo passaram a ser venerados no mundo pop, e não é pra menos, o disco lançou sucessos como Dancing Queen; Knowing Me, Knowing You e Money, Money, Money. Até então o grupo era conhecido por vender muitos compactos mas não um disco inteiro, Arrival mudou isso e fez com que o ABBA ganhasse terreno em países influentes na música. Ah e tem mais, venderam tanto disco que na época a imprensa publicou que o ABBA era maior que o Beatles.

Um dos maiores objetivos do grupo era levar sua música aos EUA, ser destaque nas paradas e também conquistar o coração dos Yankees. Até 1976 o ABBA já tinha conseguido obter sucessos em países como: Holanda, Austrália, Inglaterra e França. Com o lançamento do álbum Arrival as coisas mudaram, Dancing Queen se tornou um sucesso mundial e o grupo sueco virou sucesso na terra do Tio Sam.

Um ponto negativo em relação a este disco é que houve um desgaste muito grande entre os casais por conta do enorme número de shows. Mesmo com problemas a pegada continuou a mesma, e o grupo não mostrou esse desgaste ao público e muito menos a mídia, o ABBA ainda se mostrava um grupo extremamente harmonioso.

Há outro fato muito importante que ajudou mais ainda o ABBA a obter grande sucesso no ano de 1976, fazendo do mesmo um marco em sua carreira. O grupo lançava muitos compactos junto com os discos completos, junto ao Arrival foi gravado o compacto de ‘Fernando’ que se tornou um dos maiores sucessos do grupo, vale citar que a faixa apenas entrou no disco Arrival em seu relançamento em 2001.

Há uma faixa que traz consigo todo o clima do disco, ela se chama Tiger, ela mostra que o ABBA encontrou seu verdadeiro estilo entre o pop e o disco music. O piano de Benny é marcante e forte ao longo da música e  o videoclipe tem a cara dos anos 70, e ficou mais bacana com Agnetha dirigindo um carrão conversível com Frida ao seu lado, enquanto os homens estão atrás feito crianças.

Vamos para uma última informação muito bacana sobre o grupo, Benny e Bjorn sempre sonhavam em fazer um musical, mal sabiam eles que mais tarde o ABBA receberia uma grande homenagem através de um: Mamma Mia. O mesmo se tornou um sucesso no mundo tudo, e os grandes clássicos do ABBA desfilavam pelo musical e apaixonavam mais ainda velhas e novas gerações. Em 2008 foi lançado o filme Mamma Mia, baseado no musical, e a faixa voltou assim as paradas, as vezes temos a sensação de que as músicas do ABBA são imortais..acho que a cada dia tenho mais certeza disso.

Bom pessoal, essa foi a resenha de hoje, espero que vocês tenham gostado. Abraço e até a próxima 🙂

Faixas do Disco

1 – When A Kissed The Teacher

2 – Dancing Queen

3 – My Love, My Life

4 –  Dum Dum Diddle

5 – Knowing Me, Knowing You

6 – Money, Money, Money

7 – That’s Me

8 – Why Did It Have To Be Me?

9 – Tiger

10 – Arrival

Ouça o disco Arrival completo.

Confira trailer do filme Mama Mia.

ABBA irá se reunir em 2018!