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Foo Fighters – There is Nothing Left To Lose (1999)

Foo Fighters – There is Nothing Left To Lose (1999)

Fala galera do blog A História do Disco, eu sou o Alexandre Bottura, mais uma vez gostaria de agradecer aos amigos Bruno Machado e Flávio Oliveira pela oportunidade de pode escrever e publicar a história dessa banda que é uma das minhas favoritas, falando desse disco que foi tão importante na minha formação musical e pessoal, sim o rock também é atitude.

Sim caros leitores e seguidores do blog A História do Disco, estou falando do There is Nothing Left To Lose da banda Foo Figthers. Este foi o terceiro álbum de estúdio da banda e foi gravado entre os meses de março e junho de 1999, o lançamento ocorreu no dia 2 de novembro do mesmo ano pelo selo RCA, gravadora que pertencia a Sony Music Entertainment.

Este álbum possui algumas curiosidades, e uma delas é o  fato de ser o primeiro disco a contar com Taylor Hawkins na bateria, ele assumiu o posto após a “demissão” de William Goldsmith, e Taylor começou participando da turnê do álbum The Colour and Shape – aliás, a bateria desse disco foi gravado por David Grohl em 1997. Outra curiosidade é o fato do álbum There is Nothing Left To Lose ter feito a banda ganhar seu primeiro Grammy: melhor álbum de rock. O segundo prêmio veio com a música Learn To Fly como melhor videoclipe.

A sonoridade do disco ainda soa moderno como era no início dos anos 2000, seja por conta do timbre das guitarras, do baixo ou mesmo da bateria. Com o passar dos anos os discos do Foo Fighters foram ficando cada vez mais vintage, ou mesmo mais clássico se você caro leitor preferir. Confesso que eu tinha preferência pelo som mais moderno e não só nos álbuns do Foo Fighters mas também nos grandes álbuns de rock mais contemporâneos. Com o passar dos anos eu percebi que o som clássico tem tudo haver com o rock – nada como amadurecer, não é?

A formação da banda na gravação do disco There is Nothing Left To Lose contou com Dave Grohl (vocal e guitarra), Nate Mendel (baixo) e Taylor Hawkins (bateria), isso porque um pouco antes da gravação deste álbum Dave mandou embora o guitarrista Franz Stahl, que alias, tinha acabado de entrar no lugar de Pat Smear – este que é conhecido por também ter tocado com o Nirvana.

Pessoalmente o álbum foi muito importante para mim, pois com apenas 13 anos de idade e já fidelizado com o rock eu ouvi este álbum e tive a certeza de que não era apenas mais uma banda e nem apenas mais um estilo dentro do rock. Senti que era algo que eu levaria pro resto da vida, e um dos primeiros desejos que tive após ouvir esse disco era ter uma banda só pra tocar a música Learn To Fly, uma das minhas favoritas até hoje. Aliás, o videoclipe dessa música é o meu favorito.

Outra curiosidade sobre o Foo Fighters é a participação da banda no Rock In Rio III que rolou em 2001, foi a primeira apresentação da banda no Brasil, e a novidade foi o quarto elemento, Chris Shiflett (tocando guitarra), ele faz parte da banda até hoje. Ainda fazendo show com a turnê do terceiro álbum de estúdio a banda se apresentou no Rio e teve o maior público de sua carreira. Aproximadamente 250 mil pessoas prestigiaram a banda, sanando qualquer dúvida do grupo em relação ao conhecimento de suas canções por parte do público brasileiro. Mesmo sendo de madrugada, eu de férias na praia assisti ao show e que show foi esse hein meus caros leitores.

Inicialmente a banda não tinha sido convidada para tocar no Rock In Rio, mas depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre atrações favoritas feita no site do festival, os organizadores pensaram melhor. O Foo Fighters se apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas o quarteto cancelou a sua vinda ao país ao descobrir que um dos shows seria exclusivo para clientes de uma companhia telefônica. No dia apresentação da banda no Rock In Rio, em 2001, coincidentemente o vocalista Dave Grohl fazia aniversário e ganhou bolo que foi trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf der Maur (ex-Hole). A cantora Cássia Eller, que havia cantado no mesmo dia no festival, também deu o ar da graça e apareceu correndo no palco pra dar um grande abraço em Dave. O show do grupo no Rock In Rio fez parte da turnê do disco There is Nothing Left To Lose.

Vamos as faixas do álbum, e antes de qualquer comentário eu gostaria ressaltar que ‘sim’ esse disco pode ser reproduzido do início ao fim sem pausas, ele é recheado de hits e mostra a evolução sonora da banda em relação aos seus álbuns anteriores. O disco já começa com uma pedrada na cabeça podemos dizer assim, a primeira faixa Stacked Actors é um destaque e tanto, inclusive é tocada até hoje pela banda em seus shows e conta com uma distorção pesada que nos lembra as guitarras de Josh Homme do Queens of the Stone Age, amigo de Grohl e músico que também o inspira. A faixa tem uma modulação interessante de ritmo e lembra um pouco a nossa MPB em seu ritmo.

Já a faixa Breakout se destaca por ser tema da ótima comédia Eu, Eu mesmo e Irene (2000) contando com um videoclipe super engraçado que faz alusão ao personagem de Jim Carrey no filme. Uma curiosidade desse clipe é que a mãe de Dave Grohl participa do mesmo, mostrando o dedo do meio na cena em que Dave esta andando devagar com seu carro. Outro grande hit do disco foi Learn To Fly que como já descrito nesta resenha teve o videoclipe premiado no Grammy, a faixa se tornou um clássico e com certeza é uma das canções mais conhecidas da banda.

Músicas como Gimme Stitches tem grande sonoridade e uma pegada rock, inclusive é uma das minhas favoritas, é seguida de Generator, destaque para o uso do Talk Box, efeito que utiliza voz e guitarra juntos. Aurora é uma canção mais lenta e que tem letra e melodia de extrema beleza, já a faixa Live-in Skin segue a mesma característica do álbum, com uma pegada rock tradicional. E temos a faixa Headwire que mistura melodia mais calma com pegada rock.

Há mais um clássico da banda no disco There is Nothing Left To Lose que é Next Year, a faixa ecoa até hoje nos shows da banda. Vale citar que a linha de baixo da música é inspirada em Sir Paul McCartney e também nas canções dos Beatles, destaque para o videoclipe que mostra os integrantes do Foo Fighters como astronautas.

Vou falar agora de uma das minhas canções favoritas, Ain’t It The Life, que também é a preferida de Dave Grohl, foi o que afirmou o vocalista em uma entrevista. Ele destaca seu amadurecimento musical em relação a composição e criação. A faixa citada nesse parágrafo é a mais calma e também é a faixa preferida de todos os fãs de Foo Fighters. M.I.A fecha o disco com chave de ouro, mostrando toda potência vocal de Dave e assim encerrando um dos maiores álbuns da banda e porquê não, do rock.

Bem meus amigos minhas considerações finais a respeito do disco são de que ele foi fundamental na história da banda, tanto que como citei na resenha, várias faixas deste dele permanecem no show do grupo até hoje, com certeza este álbum é tão importante quanto seu antecessor, The Color and Shape. Para um novo fã do Foo Fighters é necessário ouvir este álbum, e para um velho fã como eu é prazeroso cada vez mais ouvir cada canção. Foi com grande prazer e felicidade que escrevi essa resenha sobre este álbum e banda que são especiais para mim, e confesso que foi difícil em algumas partes encontrar palavras . Enfim, obrigado novamente à todos e espero que você caro leitor tenha gostado da matéria.

Viva o rock, viva o Foo Fighters! Até a próxima 🙂

Faixas do Disco

1 –  Stacked Actors

2 – Breakout

3 – Learn To Fly

4 – Gimme Stitches

5 –  Generator

6 – Aurora

7 – Live-In Skin

8 – Next Year

9 – Headwires

10 – Ain’t It The Life

11 – M.I.A

Assista o videoclipe da faixa Learn To Fly

Assista o videoclipe da faixa Next Year

Confira a apresentação do Foo Fighters no Rock In Rio III

Assista o videoclipe da faixa Breakout

Ouça o álbum There is Nothing Left To Lose completo!

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