post

Blink 182 (2003)

Blink 182 (2003)

Salve salve galera do blog A História do Disco, aqui estou eu Bruno Machado, para mais uma matéria. Após um tempo pensando sobre qual banda escrever, e qual disco dela escolher, eu optei pelo trio Blink 182 e pelo seu quinto álbum de estúdio, ao decorrer da matéria explicarei o motivo das minhas escolhas meus caros leitores.

Quem era adolescente na década de 90 lembra que muitas bandas com sonoridade parecida surgiram no cenário americano, como: Sum 41, Green Day e Blink 182.  Todas utilizavam uma única fórmula: videoclipes cômicos, sonoridade próxima ao punk rock e cabelos extravagantes (pelo menos pra época). Das três bandas que eu citei, duas tinham um power trio em sua formação, o Green Day e o Blink 182, coincidentemente, as duas que sobreviveram aos anos 2000 e continuaram sua jornada de sucesso no mundo da música.

O Blink ganhou real destaque depois do álbum Enema of State (satirizando o nome do filme Enemy of The State, 1998 – no Brasil, Inimigo do Estado) com a faixa All The Small Things que conta com um videoclipe bem produzido tendo os integrantes do Blink 182 imitando as ‘Boy Bands’ da época (Backstreet Boys e ‘NSync). O álbum ainda teve mais duas boas faixas que se destacaram: What’s My Age Again e Adam’s Song. A banda estava em crescimento e daí pra frente, com a ajuda dos clipes na MTV, o sucesso foi inevitável.

Vale muito citar que a qualidade individual de cada integrante fez grande diferença, a evolução a cada disco foi contínua, e o disco de hoje de nosso blog prova muito isso. Tom DeLonge (voz e guitarra), Mark Hoppus (voz e baixo) e Travis Barker (bateria) catalizaram toda sua inspiração neste disco como se a afirmação da banda dependesse dele. Tom e Mark como de praxe dividem os vocais, uma boa forma de fazer com que o ego não fale mais (pelo menos na minha humilde opinião!), e Travis tira um som de sua bateria que chega a ser fora do comum, sua técnica e velocidade são incríveis.

É claro que o tema juventude/adolescência não foi abandonado pela banda, mesmo porque ele fez parte do início e também da ascensão do trio. A faixa ‘First Date’ do disco anterior do grupo é uma das mais icônicas neste sentido, e neste quinto álbum da banda essa representatividade vem com a primeira faixa, Felling This. As duas faixas citadas tem videoclipe, o de First Date é mais engraçado, sem sombra de dúvida, mas o de Felling This é bacana também, principalmente pelo ar de “anarquismo” embutido nele.

Continuando na onda dos videoclipes temos boas produções nas faixas ‘I Miss You’ e ‘Always’, as duas melhores faixas do disco. Em ‘I Miss You’ temos um cenário mais dark e todos os integrantes da banda num clima mais sério. Por outro lado, na faixa ‘Always’ tem o trio atuando muito bem junto com uma bela atriz que passa o clipe todo ‘dispensando’ os rapazes. Vale citar que a produção e o roteiro do videoclipe são muito bons, fora que a música também é muito foda, aliás, é uma das músicas que eu mais gosto do Blink 182. A faixa ‘Down’ também ganhou videoclipe, aliás, ele conta com o protagonismo do ator Terry Crews (o Julius, do seriado Todo Mundo Odeia o Chris), apesar de não ser uma das melhores músicas do disco a canção merece destaque por ser tão gostosa de ouvir como ‘I Miss You’.

As faixas ‘Obvius’ e ‘Violence’ poderiam ter se destacado até mais no disco, já que ambas tem um conteúdo legal, ou seja, o disco não foi feito apenas de hits e tem um conceito definido, agradando bastante os fãs da banda. Pra quem não morre de amores pela banda, vale muito a pena ouvi-lo, para poder prestigiar um som de qualidade, um mero flerte com o punk rock.

Além de tudo que citei acima, o disco ainda trás algumas músicas mais lentas, engana-se quem pensa que elas são chatas ou que não tem muito a cara do Blink. Faixas como ‘I’m Lost Without You’ e ‘All Of This’ trazem um ar mais triste, mas refrões poderosos que fazem as faixas ganharem mais força.

Bom pessoal eu procurei sintetizar nessa matéria o que eu acho deste grande disco do Blink, vale citar que o disco todo é muito bom e vale muito a pena ouvi-lo inteiro. Ele tem altos e baixos em relação a músicas mais calmas e músicas mais agitadas, como citei nos parágrafos anteriores, por isso que tenho em mente de que este álbum mostra a grande evolução do Blink 182 como banda.

Pra finalizar, é muito válido citar que ano passado (2016) a banda lançou seu sétimo álbum de estúdio, inclusive ele não conta com o vocalista/guitarrista Tom Delonge, que resolveu seguir carreira solo. No seu lugar, entrou Matt Skiba, tocando guitarra e cantando, e pode acreditar meu caro leitor, o cara assumiu a bronca sem medo de ser feliz e se entrosou rapidamente com o restante da banda. Eu, como fã do Blink 182, conferi o disco e confesso que gostei bastante, é um álbum bem trabalhado e que conta com a velha identidade da banda.

Eu vou ficando por aqui e espero que você leitor tenha gostado dessa resenha, até a próxima 😉

Faixas do Disco

1 –  Feeling This

2 – Obvious

3 – I Miss You

4 – Violence

5 –  Stockholm Syndrome

6 – Down

7 – The Fallen (Interlude)

8 – GO

9 – Asthenia

10 – Always

11 – Easy Target

12 – All Of This

13 – Here’s Your Latter

14 – I’m Lost Without You

15 – Anthem Part Two (Live In Chicago)

Assista o videoclipe da faixa Always

Assista o videoclipe da faixa Down

Ouça o quinto álbum de estúdio do Blink 182 completo!