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Linkin Park – Minutes To Midnight (2007)

linkin park –  minutes to midnight (2007)

Olá pessoal que é fã do site A História do Disco, Bruno Machado na área para mais uma matéria. Infelizmente eu consegui um tempo para escrever aqui no AHD por conta de uma pandemia que atingiu o mundo inteiro, confesso que não era nessa situação que eu queria estar voltando a escrever, porém, com essa oportunidade resolvi abordar um dos discos que pra mim foi um dos melhores dá década passada e que transformou completamente uma banda que sempre teve um enorme potencial. Hoje na AHD temos o álbum Minutes to Midnight do Linkin Park.

No ano de 2017 após a morte do vocalista da banda, Chester Bennington, nós do AHD fizemos um programa especial na rádio Planeta Verde FM falando sobre o álbum Meteora, o segundo de estúdio gravado pela banda. No mesmo nós citamos tanto o talento de Chester, como o crescimento avassalador da banda com o passar dos anos. Agora bora falar um pouco sobre o terceiro álbum de estúdio do Linkin Park.

Lançado no ano de 2007 o álbum Minutes To Midnight começa assim como os anteriores, com uma música instrumental, como se fosse uma introdução para a segunda faixa do disco. Particularmente, Wake é uma das canções mais impactantes em relação ao citado anteriormente, é um clímax extraordinário e faz com que sua imaginação flua a ponto de não sabe realmente como será o restante das faixas. Em seguida temos, Given Up, ai sim a banda vem com toda aquela agressividade dos álbuns anteriores, e Chester Bennington não abre mão dos “berros”, Isso vale também para a canção Bleed It Out, que ganha contraste como sempre notável do rapper e também produtor – junto a Rick Rubin – desse álbum, Mike Shinoda. Pra quem não conhece, Rick Rubin é um produtor extremamente conceituado e já produziu Beastie Boys, Red Hot Chilli Peppers, Audioslave, System Of A Down, entre muitos outros grupos e cantores monstruosos.

Antes de continuar falando das músicas, vou apresentar o restante do grupo, já que citei os vocalistas no parágrafo anterior. Rob Bourdon na bateria, Joe Han no toca discos, Brad Delson na guitarra e Phoenix no baixo. Continuando a falar das faixas, temos Leave Out All The Rest, que aliás foi a primeira música de trabalho do disco e que ganhou um belo videoclipe para sua divulgação.

Seguindo o disco temos, Shadow Of The Day e What I’ve Done. As duas músicas são excelentes, a primeira é algo mais calmo e que pode nos fazer refletir um pouco sobre a vida, o videoclipe de Shadow Of The Day nos traz isso também, aliás, ele ganhou o prêmio de melhor clipe de rock no VMA 2008. Já What I’ve Done mostra novamente a força da banda, talvez seja a principal faixa do álbum, e ela ainda foi a canção original do filme Tranformers (MIchael Bay, 2007), e também conta com um super videoclipe que é um verdadeiro tapa na cara da sociedade.

Analisando a discografia do Linkin Park, nesse terceiro álbum de estúdio fica evidente que Chester já estava preferindo gritar menos e querendo mostrar mais o potencial da sua voz. É claro, há faixas em Minutes To Midnight que ele ainda faz uso do screamo, em Given Up, Bleed It Out e No More Sorrow por exemplo, porém, no restante do álbum faz se ouvir mais o belo timbre do vocalista em contraste com o de Mike Shinoda. Nos discos posteriores além dessa escolha do vocalista, aparentemente a banda o rock mais cru e começa a preferir batidas mais eletrônicas, a mescla de tudo isso rendeu outros tantos sucessos e mais duas músicas que foram tema para a franquia Transformes: New Divide (Transformes – A Vingança dos Derrotados, Michael Bay, 2009), e Iridescente (Transformes – O Lado Oculto da Lua, Michael Bay,2011).

No encarte do álbum há um parágrafo explicando um pouco de cada canção, se eu colocasse todos aqui a matéria ficaria muito extensa, o que mais me chamou a atenção foi de Hands Held High, onde é citado como a banda trocou ideias com Rick Rubin e como o mesmo inspirou Mike Shinoda tanto no piano quanto na composição. Aliás, o produtor, compositor, multi-instrumentista e cantor é quem interpreta Hands Held High do começo ao fim, contando com o backing vocal de Chester Bennington.

Como citei anteriormente, Minutes To Midnight traz uma proposta diferente dos dois primeiros álbuns de estúdio do Linkin Park, mas nem por isso deixa de trazer consigo o que consagrou a banda no início da carreira, ou seja, eles surfaram numa nova onda musical mas não deixaram a sua essência para trás. Ainda assim, acredito que foi a partir dessa experiência que o grupo decidiu ser mais “leve” nos discos posteriores, mas é claro, sem perder a qualidade e a identidade, pelo menos na minha humilde opinião.

Finalizando temos, Valentine’s Day e In Pieces, pra mim, gratas surpresas no fim do álbum, uma começa com um dedilhado na guitarra e outra com marcação no teclado, no meio as duas inflamam e o clímax é excepcional. Para os mais velhinhos que entendem muito bem o conceito de Lado A e Lado B, Minutes To Midnight parece na verdade ter apenas um lado, um super lado que pode pegar alguém que nunca ouviu a banda e falar: caraca, o som dos caras não é só gritaria não.

Bom meus queridos, espero que vocês tenham gostado da matéria, que tenham curtido comigo essa pequena viagem no tempo, que ouçam o álbum inteiro e que tirem suas próprias conclusões, é claro. Ah outra coisa, se eu não fizesse uma matéria sobre esse álbum, com certeza escreveria sobre o último da banda, One More Light, apesar de ser uma despedida de Chester Bennington aos fãs é um dos discos mais lindos que eu já ouvi na minha vida. Obrigado mais uma vez pessoal, e até a próxima 😉

 

 

Faixas do Disco

1 – Wake

2 – Given Up

3 – Leave Out All The Rest

4 – Bleed It Out

5 – Shadow Of The Day

6 – What I’ve Done

7 – Hand Held High

8 – No More Sorrow

9 – Valentine’s Day

10 – In Between

11 – In Pieces

12 – The Little Things Give You Away

 

Confira o videoclipe da faixa Shadow Of The Day

Ouça o álbum Minutes to Midnight na íntegra