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Paul Mccartney – I (1970)

Paul Mccartney – I (1970)

Olá pessoal, como vocês estão? Já faz um tempo que não escrevo nada por aqui, isso tudo devido ao tempo (infelizmente isso), na qual somos condicionados em submeter-se em fazer várias atividades e por conta disso, não temos tempo de fazermos o que realmente amamos. Por isso, aproveitando esse tempo favorável que vêm de encontro comigo, procurei voltar a escrever no Blog – até porque amo escrever sobre música e futuramente procurarei me especializar mais nela –, por isso voltando à tona a escrever vamos meter o pé e discorrer sobre um maravilhoso disco que é: PAUL MCCARTNEY – conhecido como MCCARTNEY I.

Contextualizando um pouco!

Antes de entrarmos no mérito desse primeiro disco solo do Paul, precisamos fazer uma contextualização básica, para assim nos situarmos de tudo que estava ocorrendo nessa época. Em 1969 os Beatles estavam declaradamente ‘separados’, isso tudo em decorrência de uma grande divergência que ocorria na banda: de um lado, tínhamos um John Lennon apaixonado e vivendo feliz os prazeres do amor (com a querida Yoko Ono), George Harrison se aprofundando cada vez mais nas questões espirituais e compondo freneticamente sobre espiritualidade e paz interior, temos também um Ringo Starr calmo, sereno e que coitado, as ‘broncas’ da banda sempre sobravam para ele, e por fim, temos um Paul McCartney à todo vapor querendo compor, produzir e gravar discos.

Juntando tudo isso, temos as divergências dos Beatles e assim consecutivamente, temos o desfecho de uma das maiores bandas que o mundo já conheceu. A última apresentação do Fab Four ocorreria nos telhados do Abbey Road, no dia 30 de janeiro de 1969. O desfecho da banda traria um choque imenso na vida do Paul, sendo que, depois da morte do empresário dos Beatles – Brian Epstein – Paul tomaria a frente de muitas coisas da banda (ele queria botar ordem na banda), ocasionando um conflito grande com o restante do grupo. Não podemos deixar de mencionar que, mesmo após a morte de Brian, Paul produziu e teve ideias geniais dentro dos Beatles, das quais podemos citar aqui como exemplos: a ideia central do disco Magical Mistery Tour, a ideia do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e o ‘fiasco’ em gravar como era o processo de criação dos Beatles, com o filme Let it Be. Sendo assim, dentro desses apontamentos que fiz, podemos sacar como o clima estava dentro do grupo e as desavenças que estavam acontecendo.

Em suma, depois da separação da banda, Paul viveu um período de reclusão em sua fazenda na Escócia juntamente com sua esposa Linda McCartney (foi esposa de Paulo de 1969 a 1998), deprimido por ter acabado a banda e sendo assim, ficou pessimista quanto a sua carreira. Mas é aí que a história muda completamente!

Produção do Disco e Paul Instrumentista

Depois dessa ‘maré brava’ levando Paul a beber várias doses de whisky e passando muito tempo solitário em sua fazenda, eis que Paul é motivado por sua esposa a produzir um disco em seu estúdio particular. Sendo assim, temos o início de um dos discos mais virtuoses de Paul.

É interessante ressaltar que este disco foi gravado inteiramente pelo próprio Paul – sim ele toca tudo mesmo, as guitarras, a bateria, os pianos, órgãos e toda a estrutura instrumental que compõem esse disco – e os vocais são feitos por sua esposa e ele. Nesse álbum, temos um apanhado de várias canções que o Paul compôs enquanto estava nos Beatles, canções como Junk e Teddy Boy, e temos também canções que foram feitas antes mesmo da banda fazer sucesso – na qual ele tinha recém entrado na banda de Lennon, The Quarrymen – a música que estou falando é Hot as Sun/Glasses, que segundo o próprio Paul foi composta em 1959.

Esse disco além de ter uma capa muito bem feita pela sua esposa, tem canções recheadas de musicalidade e excesso de criatividade, como o próprio Paul disse em várias entrevistas. McCartney I é um disco interessante pois ele é estruturado com várias músicas instrumentais, sendo assim, um disco completamente cheio de “JAMS DE UM HOMEM SÓ“. Não podemos deixar de comentar sobre a música mais linda do disco, e que possivelmente um dos maiores clássicos do Paul, que é Maybe I’m Amazed. Percebam amigos que nessa canção podemos reconhecer os mesmos timbres do último disco dos Beatles – Abbey Road – que a sonoridade dos instrumentos lembra muito Here Comes the Sun e You Never Give Your Money – bem bacana isso, quem puder comparar, manda bala!

Resumindo tudo isso – escrever sobre assuntos que envolvem os Beatles é a coisa mais gostosa do mundo para mim, por isso preciso impor limites, senão me empolgo –  esse é um disco que todos deveriam ouvir e não dar bola para o que os críticos tenham a dizer, acredito que devemos valorizar o trabalho do artista, dando apoio, admirando sua obra e incentivando o músico a crescer na carreira. Digo isso porque esse disco foi massacrado pela crítica na época, pois foi considerado “muito caseiro” aos padrões do mercado fonográfico. Ok, mas qual o problema em relação a isso? Na minha opinião quanto mais caseiro e cru, mais interessante fica o disco, por isso resolvi comentar brevemente sobre ele. É um disco que você escuta do começo ao fim, os dois lados (no caso do LP) ou continuamente (se tiver ouvindo em CD) e você nem vai perceber se parece ou não algo “muito caseiro”, pois a qualidade sonora de Paul é tão extrema que o disco chega a ser hipnótico. Digo isso por experiência própria, pois quando ouvi pela primeira vez, fiquei impressionado como Paul toca bem bateria e outros instrumentos.

Capa do Disco feita pela ex-esposa de Paul, Linda Mccartney

Pois bem, fica aqui a dica de um disco gostoso de se ouvir em qualquer dia, em qualquer momento e vale a pena também conhecer um pouco da carreira solo de um dos integrantes dos Beatles.

Valeu galera, se deliciem com o disco.  Até mais!

Faixas do Disco

1 –   The Lovely Linda

2 –   That Would Be Something

3 –   Valentine Day  – Instrumental

4 –   Every Night

5 –   Hot as Sun/Glasses

6 –   Junk

  • Originalmente escrita em 1968 durante a viagem dos Beatles à Índia
  1. -Man We Was Lonely

8 –   Oo You

9 –   Momma Miss America

10 – Teddy Boy

  • Originalmente escrita em 1968 durante a viagem dos Beatles à Índia

11 –  Singalong Junk

12 –  Maybe I’m Amazed

13 –  Kreen-Akrore

Obs.: Todas as canções foram compostas por Paul McCartney.

Ouça o disco Paul Mccartney – I completo!

Ouça a faixa destaque do disco, Maybe I ‘m Amazed.

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