post

Nickelback –  All The Right Reasons (2005)

Nickelback –  All The Right Reasons (2005)

Salve salve galera ligada no A História do Disco, desde já eu Bruno Machado peço desculpas do fundo do meu coração pela demora em relação a novas matérias aqui no site A História do Disco. Seis sabem como é né? Vida corrida pra todo mundo,  mudanças repentinas e surpresas inesperadas fazem com que o nosso tempo fique mais curto. Porém, depois de alguns meses tenho aqui uma matéria fresquinha para vocês que gostam de um bom álbum de rock, ou no caso desse, rock com belas pitadas de pop. Hoje temos aqui no AHD o quinto álbum de estúdio da banda canadense Nickelback!

A banda iniciou suas atividades em 1995, e lançou seu primeiro EP em 1996, posteriormente seria lançado o álbum Curb. Porém, o grupo conseguiu ganhar destaque com o que seria o seu segundo álbum de estúdio, The State, que foi lançado em 1999. Um disco bem mais pegado do que os posteriores da banda inclusive, acredito que os integrantes procuraram se adequar mais ao cenário da época. E já fica aqui uma dica em relação a este disco, ouçam a faixa Leader Of Men, vale muito a pena conferir.

O Nickelback manteve sua formação original até chegar ao álbum que será destaque na matéria de hoje, e os integrantes eram: Chad Kroeger (Voz e Guitarra), Ryan Peake (Voz, Piano e Guitarra), Mike Kroeger (Baixo) e Ryan Vikedal (Bateria). Este último saiu em 2005 e deu lugar ao jovem Daniel Adair, que antes era baterista do 3 Doors Down. Banda essa aliás, que também fez sucesso entre o final dos anos 90 e o começo dos anos 2000, mas sempre trabalhando com canções mais melódicas e de vez em quando aparecia um pouquinho mais de distorção e um flerte com o rock mesmo. Mas chega de enrolação e bora falar do álbum All The Right Reasons.

Ao gravar seu quinto álbum de estúdio e com um novo baterista o grupo resolveu pisar mais no terreno do pop no que do rock, não que isso seja algo ruim, mesmo porque sabemos que várias bandas se transformam e muito com o passar dos anos, nem todas conseguem manter a identidade do primeiro ao último disco. A primeira faixa que ganhou um enorme destaque foi Photograph, alias, eu vi exaustivamente o videoclipe dessa música na saudosa MTV Brasil (oooooh saudade), e claro, a canção teve um sucesso astronômico nas rádios, não só nas brasileiras, mas nas gringas também é claro. E dentro de tudo isso aí vinha o conceito da mudança da musicalidade do grupo canadense. O sucesso continuou com mais uma grande canção pop que também teve uma bela produção de videoclipe, e tome Nickelback nas paradas de sucesso novamente. Na contramão do que eu acabei de escrever acima temos as canções Follow You Home, Fight For All The Wrong Reasons e Animals, as três contam com a distorção comendo na alta, pedal duplo e riffs ferozes. Mas ai você caro leitor vai pensar: pow Brunão mas tu falou que o disco era mais puxado pro pop, meio fora do que os caras já tinham feito e tals! Calma lá galera, a banda pendeu sim mais pra canções radiofônicas do que nos discos anteriores, porém, parte da essência não se perdeu.

Vamos para mais uma prova de que o quinto álbum de estúdio do Nickelback foi incrivelmente bem sucedido. Em 2006 All The Right Reasons  ganhou o AMW (American Music Awards) de melhor disco de pop/rock. E pra reforçar a importância do prêmio vou citar algumas bandas e cantores (as) que já o ganharam: Aerosmith, Eagles, Genesis, Michael Jackson, Whitney Houston, Bee Gees, Bruce Springsteen, Green Day, Santana, entre outros. Na minha visão é uma grande recompensa por todo um trabalho feito em um determinado álbum, e faz com que a banda se sinta capaz de fazer discos melhores, ganhar mais prêmios e colocar seu nome de vez na história da música. É válido citar que em 2006 a banda também ganhou o prêmio de banda/grupo do ano no Billboard Music Award, coincidência ou não, ano posterior ao lançamento do álbum All The Reasons Rights.

Voltando a falar das faixas, Savin’Me (que aliás não é aquela tocava no seriado Smalville, essa se chama Save Me e é interpretada pela banda estadunidense Remy Zero) tem riff bem marcante que já da as caras no início da música, a letra aborda a questão do valor a vida e o que as pessoas podem fazer uma pelas outras. O videoclipe obviamente chegou com sucesso a MTV e foi exibido muitas e muitas vezes, mesmo porque ele é bem interessante e se encaixa muito bem no que a canção quer passar ao ouvinte/espectador. Pulando para mais sucesso deste disco temos Far Away, que balada romântica meus queridos, videoclipe envolvendo um casal no contexto, o homem é bombeiro e a mulher fica angustiada em casa esperando seu amor, chega ser quase tão emocionante como os filmes: Como Eu Era Antes de Você, Um Amor Pra Recordar ou Fluke – Lembranças De Outra Vida. Ta bom ta bom pessoal, sei que agora eu forcei a barra, entretanto é mais uma bela canção desse álbum do NIckelback. Continuamos com emoção e lágrimas em alta com a faixa If You Cared, que fala muito sobre resiliência, sobre caridade, sobre enxergar a necessidade do próximo. Inclusive o videoclipe tem imagens bem chocantes e também imagens que nos fazem refletir, como a de Bob Geldof e de seu evento feito em 1985, o Live Aid.

Partindo para o fim da nossa matéria ainda destaco canções que estão mais pro Lado B do disco: Side Of A Bullet e Someone That You’re With. Um prato pra quem gosta dos álbuns mais antigos da banda, as faixas tem uma pegada mais rock, tem pedal duplo, distorção pesada e riffs bem interessantes. Fechando o álbum temos Rockstar, confesso que não sou muito fã desta música, porém, a mesma ganhou videoclipe e destaque no disco. O Nickelback já veio ao Brasil em 2013, e volta esse ano também no Rock In Rio e em São Paulo, pra quem é fã dos caras, fica caí a dica!

Espero que todos tenham gostado da matéria da hoje, que ouçam o disco e também que curtam os videoclipes citados na matéria de hoje, e também indico ouçam o último disco lançado pelo Nickelback, o Feed The Machine (2017), confesso que ouvi somente algumas faixas e gostei. Até a próxima pessoal =D

Faixas do Disco

1 –  Follow You Home

2 – Fight For All The Wrong Reasons

3 – Photograph

4 – Animals

5 – Savin’ Me

6 – Far Away

7 – Next Contestant

8 – Side Of A Bullet

9 – If Everyone Cared

10 – Somenone That You’re With

11 – Rockstar

Ouça o álbum All The Reasons na íntegra!

Assista ao videoclipe da faixa Photograph

Confira o videoclipe da faixa Savin’Me

 

post

Biquíni Cavadão Ao Vivo (2005)

Biquíni Cavadão Ao Vivo (2005)

Salve salve galera, aqui estou Bruno Machado para mais uma matéria no AHD, e hoje trago à vocês mais um álbum ao vivo. Alias, um dos melhores álbuns ao vivo que eu já ouvi até hoje, de uma banda que assim como Titãs, Os Paralamas do Sucesso e Legião Urbana soube aproveitar e muito a onda rock dos anos 80 no Brasil. Estou falando do Biquíni Cavadão e seu primeiro disco ao vivo que foi gravado em Fortaleza em 2004.

Para que vocês meus caros leitores entendam o significado deste álbum eu vou explicar o que veio antes dele. No ano de 2001 o Biquíni havia gravado um disco somente de covers, o 80, homenageando os companheiros que fizeram tanto sucesso quanto a banda nessa época, destaque para a faixa Múmias, que conta com a participação de Renato Russo e o rapper Suave. O disco foi tão bem recebido pela crítica e pelo público que após anos fazendo turnê a banda resolveu gravar um ao vivo para celebrar. O produtor do álbum 80 e também do Ao Vivo foi Tadeu Patolla, guardem esse nome, falarei mais dele ao longo dessa matéria.

Todos sabem que os anos 2000 não foram um mar de rosas para o rock brasileiro e programas como Fama, Ídolos e Popstars dominavam os circuitos de TV e o pop se mostrava forte no rádio, fora que o axé ainda aparecia bastante na mídia, pelo menos no começo da nova década. As bandas dos anos 80 se enfraqueceram e não produziram discos que animassem tanto seu público quanto os críticos e também a mídia. É aí que entra o Biquíni Cavadão mostrando que o rock brasileiro não estava morto e que ainda tinha muita coisa boa por vir.

O álbum foi extraído de dois shows que o Biquíni Cavadão fez no Ceará Music Festival, no mesmo palco que a banda passaram Titãs, Detonautas, Pitty, Engenheiros do Hawaii, Os Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Cidade Negra, Angra, entre outros. Sendo assim meu caro leitor percebemos que esse festival foi do caralho -me perdoem pelo palavrão hahah – e com certeza inesquecível para quem pode participar dele.

O disco contém os grandes sucessos do Biquíni, contém faixas inéditas e ainda conta com a participação especial de Papa Winnie em Vento Ventania e Patrick Laplan da primeira à última faixa tocando baixo. Laplan, aliás, é figura conhecida na música brasileira, já que é multi-instrumentista, foi baixista do Los Hermanos, e já estava junto com o Biquíni deste o álbum 80. Outra participação marcante é o de Walmer Carvalho – sax, percussão e vocais – pois o mesmo é perfeito musicalmente nas faixas em que se faz presente.

Já que no parágrafo anterior falei bastante dos músicos, nada melhor do que destacar os músicos “titulares”, Bruno Gouveia, vocalista, tem uma afinação maravilhosa, além de ser cara extremamente carismático e que demonstra ser uma pessoa totalmente envolvida com a música, Carlos Coelho é um excelente guitarrista e também produtor, e ainda dá umas canjas no vocal durante o show. Completando o grupo temos Miguel Flores nos teclados – fazendo a cama ou mesmo a introdução em várias canções – e Álvaro Birita, baterista simples e objetivo que dita bem o ritmo do show do início ao fim.  Bora falar de algumas faixas marcantes?

Os grandes clássicos da banda marcaram presença nesse álbum, como: Impossível, Timidez, Vento Ventania, Tédio, Janaína e Zé Ninguém – que tem uma pegada monstruosa no fim do show. Nos covers temos: Chove Chuva, Camila Camila – que muita gente acha que é do próprio Biquíni, mas na verdade é do Nenhum de Nós – , Toda Forma de Poder e Carta aos Missionários. Essa última alias é emblemática, uma das canções mais animadas do show e que faz o público entrar em êxtase total. Vamos agora as inéditas!

Estouraram nas rádios as inéditas Dani, Vou Te Levar Comigo e Quanto Tempo Demora Um Mês, com muito mérito, pois as três são faixas de altíssima qualidade e têm a essência da banda. O álbum ainda conta com a faixa bônus Meu Reino, uma balada muito gostosa de se ouvir, onde mais uma vez a voz de Bruno é marcante. Agora se você meu caro leitor puder curtir o DVD desse show, não deixe de se deliciar com a faixa Cai Água, Cai Barraco que é uma faixa de um dos primeiros álbuns do Biquíni e que eles gravaram na passagem de som, pra quem é musicista fica ai a dica já que o instrumental da faixa é fodástico.

Além de tudo isso que contei acima meus caros leitores, eu ainda tive a oportunidade de ir a um show do Biquíni, claro que foi alguns anos depois do lançamento desse álbum ao vivo, porém, devo ressaltar que a pegada no palco é a mesma, o termo “show” realmente se aplica a apresentação da banda, que aliás durou cerca de 2 horas e a energia que eles transmitem ao público é sensacional. E vale citar também que após esse ao vivo o Biquíni lançou mais um contendo apenas covers e mais dois excelentes álbuns de estúdio, sinal de que a banda não parou no tempo e continuo se reciclando e fazendo música de qualidade.

Para finalizar essa matéria vou falar sobre a produção, lembra que no começo eu havia citado o nome de Tadeu Patolla?  Então, esse cara é um importante produtor da música brasileira, foi produtor do acústico MTV do Charlie Brown Jr – tocou da primeira à última faixa no mesmo – em 2003, produziu o álbum 80 do Biquíni que eu citei aqui, e também trabalhou com outros bons cantores do cenário nacional.

Bom amiguinhos, eu vou ficando por aqui e espero que vocês tenham gostado dessa resenha, grande abraço e até a próxima 😉

Faixas do Disco

1 –  Tédio

2 – Janaína

3 – Dani

4 – Vento Ventania/ Rootsie And Boopsie/ You Are My Sunshin

5 –  Vou Te Levar Comigo

6 – Impossível

7 – Chove Chuva

8 – Quanto Tempo Demora Um Mês

9 – Timidez

10 – Quando Eu Te Encontrar

11 – Múmias

12 – Camila Camila

13 – Carta Aos Missionários

14 – Toda Forma de Poder

15 – Zé Ninguém

16 – Meu Reino

Ouça o álbum completo no site oficial do Biquíni Cavadão.

Confira a faixa Cai Água, Cai Barraco!